Em “Quem me roubou de mim?” Padre Fábio de Melo aborda uma violência sutil, mas destruidora, que aflige muitas pessoas: o sequestro da subjetividade. Essa expressão pouco comum refere-se à privação que sofremos de nós mesmos quando estabelecemos com alguém, nas palavras do próprio autor, “um vínculo que mina nossa capacidade de ser quem somos, de pensar por nós mesmos, de exercer nossa autonomia, de tomar decisões e exercer nossa liberdade de escolha”. Uma vez sequestrados, perdemos a capacidade de sonhar, ficamos impossibilitados de viver as realizações para as quais fomos feitos e não temos com quem reclamar. Precisamos, portanto, estar sempre atentos para que isso não nos aconteça pois, como escreve padre Fábio: “Nenhuma relação humana está privada de se transformar em roubo, perda de identidade, ainda que as pessoas nos pareçam bem-intencionadas. Um só descuido e as relações podem evoluir para essa violência silenciosa. Basta que as pessoas se percam de seus referenciais, [...] que confundam o amor com posse, que abram mão de suas identidades, e que se ausentem de si mesmas”.
Pde. Fábio de Melo nos mostra como uma pessoa deixa de viver sua vida e acaba deixando suas decisões nas mãos de outras, como se sua felicidade dependesse disso. Essa ação é verdadeiramente um seqüestro, pois ninguém pode decidir a sua vida, ela depende apenas de você. Quem dita as regras de sua vida é você e, ninguém mais, a sua felicidade está nas suas mãos! Só você pode dizer sim ou não para a vida, vá a luta e conquiste seus sonhos sem esperar que ninguém faça isso por você!
Indico esse livro a todas as pessoas que não querem ser seqüestradas ou, se sintam seqüestradas de si, por pessoas ou, por algum vicio. Uma ótima terapia!